domingo, 31 de outubro de 2010

A verdade venceu a mentira!


Agora é hora de comemorar e trabalhar!

Em tempo: Quer ver o pronunciamento do Serra?
 (31/10/2010 - 22h40)

Não procure na globo!
Afinal ela não admite derrotas.

sábado, 30 de outubro de 2010

A ultima da "campanha"

A nova "tática" da campanha de José Serra: se não dá para ganhar através de propostas e das mentiras, por que não tentar confundir o eleitor incauto?


"Campanha do jenio não tem limite para baixaria" (Paulo Henrique Amorin)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fim de temporada da nova minissérie multimídia


A campanha continua. É claro que não estou me referindo à campanha eleitoral. Paralelo à campanha eleitoral continua a campanha da desinformação e da mentira. Como diria Paulo Henrique Amorin, “o PIG é incansável!”

Nos últimos meses as tentativas de manipulação da opinião pública, com fins eleitoreiros estão cada vez mais acentuadas e sistêmicas. Sua desfaçatez já se tornou notória, até mesmo a nível internacional. Recentemente o jornal francês Courrier International publicou uma reportagem sobre como quatro famílias brasileiras estão no controle das principais mídias e como as utilizam para minar a candidatura de Dilma Roussef e o governo Lula, que nunca aceitaram. De quem estão falando? Ora, justamente daqueles meios de comunicação que o sociólogo e jornalista Paulo Henrique Amorin denomina como o “Partido da Imprensa Golpista” (PIG). Olha o PIG aí gente! Já está adquirindo reconhecimento internacional!

Isto, sem mencionar a patética farsa da pseudo “tentativa de agressão” ao candidato à presidência da República José Serra. O suposto incidente tão explorado no JN acabou sendo desmascarado na Internet e se tornou um dos assuntos mais populares no Twitter..

Apesar disto, a "produção jornalística" do PIG continua a todo vapor. Jornalística entre aspas, é claro. Porque não se produz notícias, mas ficções. O que ele está fazendo, ou ao menos tentando, com os seus leitores/telespectadores é a substituição da realidade "factual" por uma "realidade virtual", nos moldes do pensamento de J. Baudrillard, ou seja, na forma de um grande, e forçosamente integrado, simulacro político-eleitoral.

Em outras palavras, substituem-se os fatos por uma visão aparentemente "integrada" que tende a substituir o pensamento, pois já vem "pensada" para o leitor/telespectador. É mais "fácil", é sobretudo "mais rápido" e é claro que, para os menos informados, ela pode até ser convincente.

Tomo a liberdade de levantar uma hipótese: boa parte da população brasileira está “consumindo” um novo tipo de produto multimídia. Não importa o formato (jornal impresso, jornal eletrônico, telejornal), em se tratando do PIG, não há notícias, o que há são tentativas de construção de um “universo ficcional”. Ao invés de notícias temos "capítulos" de uma espécie de minissérie multimídia. Não importa o meio, os conteúdos, são praticamente os mesmos.

É muito interessante! Estamos vivendo no mundo real ou virtual? Suponho que parte da população brasileira também está participando de um novo “reality show”, ainda que não o saiba. Não estão confinados fisicamente como ocorre no “Big Brother”, ou em “A Fazenda”, por exemplo. Mas estão sujeitos ao “confinamento ideológico” produzido midiaticamente pela ficção que insiste em substituir a realidade, com uma grande diferença: quem se submete a este realityshow não recebe prêmio algum, muito pelo contrário! Só corre o risco de perder ainda mais.

Chega de novela! Chega de “Big-Brother” político-eleitoral! Chega de “entretenimento ideológico”! Há muito que precisamos saber, conhecer, analisar e estes elementos não estão "disponíveis" no PIG. Lá é sempre a mesma conversa, ou melhor, é sempre a mesma minissérie.

Atenção! Cenas dos próximos capítulos: certamente até 28.10.2010 haverá novo(s) capítulo(s) bombástico(s), como por exemplo “cenas de violência de militantes do PT em comício do candidato do PSDB” anunciados, preferencialmente no JN, ou outros do gênero, próprio ao jornalismo/tele-dramaturgia do PIG.

Mas tenho uma boa notícia! A minissérie está chegando ao fim. Ainda que a data para o capítulo final, não tenho sido anunciada, ela ocorrerá na noite de 31 de outubro de 2010.

Não vemos a hora de acabar! Porque, afinal de contas, não vale a pena ver de novo!

Marcelo Cernev

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Os "donos do poder" e as mensagens dos “donos do saber”


Aqueles que tem seguido o PlurAll sabem que este blog surgiu como uma reação às inúmeras mensagens caluniosas, preconceituosas, falso moralistas e mentirosas que se utilizam dos expedientes mais absurdos para tentarem manipular a opinião pública nas eleições para a presidência da república.

Como um manifesto de repúdio a estas tentativas publicamos o texto “A importância do esclarecimento”, no qual alertamos para a necessidade de irmos, além das aparências, de avaliarmos os fatos em seus respectivos contextos, principalmente no que diz respeito aos interesses político-econômicos que estão em jogo nestas eleições.

Pois bem, bastou publicar o blog e convidar nossos contatos a conhecê-lo, que em poucos dias, houve uma queda significativa no recebimento de mensagens daquele tipo.

Porém, como ainda tenho recebido algumas mensagens daquele tipo, que considero tentativas de fazer política por meios pré-políticos, creio que talvez seja melhor retomar este assunto.

Para isto vou utilizar como exemplo uma mensagem que recebi, intitulada “Jabor - gostem ou não, o texto é imperdível”. Certamente você também deve ter recebido uma cópia desta mensagem. Não recebeu?

O texto começa com uma avaliação imediata: “Excelente!” (em letras garrafais) seguido de uma foto do pretenso autor.

Em primeiro lugar há que se duvidar sobre a autoria do texto, que supostamente seria “assinado” por Arnaldo Jabor. Esta não seria a primeira vez que certos “textos” como este são divulgados em épocas de eleições e são atribuídos a esta pessoa. Apesar de não concordar com certos posicionamentos seus, creio que em um texto de autoria deste cineasta “global” encontraríamos elementos mais inteligentes, apesar de sua notória ironia.

De qualquer forma, o que há neste texto é um despejo - no sentido liberal do termo - de uma série de impropérios, numa verdadeira verborragia voraz, que não respeita o Brasil, muito menos nós, os brasileiros.

A mensagem é bastante enfática e vai direto ao “assunto”. Dentre outros elementos, o que se destaca são os “adjetivos”. Segundo o texto, brasileiro é: “babaca”, é “vagabundo por excelência”! “Não há democracia no Brasil”, mas sim “anarquia”. Estas e outras “pérolas”.

As principais características do texto, em minha opinião, são a descontextualização dos fatos e as generalizações absurdas, numa clara tentativa de manipulação ideológica. O teor pessimista do texto, assim como a narração trágico-surreal, confere a ele uma aparência de ser portador de uma pseudo visão salvacionista, a do “salve-se quem puder”.

Que pena! Não sobra quase nada do Brasil e dos brasileiros, que não seja objeto das tentativas de pseudo-desconstrução que o texto procura suscitar. Não sobra mesmo! E não era mesmo para sobrar, não é verdade? Haja visto que a intenção é exatamente esta! O texto procura dar a impressão de uma análise acima dos contextos políticos e sociais, como formulação de uma crítica radical.

Se alguém considera este tipo de texto como exemplar de “protesto”, sobre as “contradições da realidade social brasileira”, ledo engano! Esta é apenas a impressão que ele pretende passar.

Por outro lado, apesar de ser um texto horrível, ele também não deixa de ser um texto de protesto. Isto é inegável, trata-se de um protesto daqueles que não conseguem apresentar um projeto melhor para o Brasil. Este é um “protesto” dos que estão acostumados a serem os “donos do poder” e também daqueles que, mesmo não fazendo parte desta pequena elite, pensam como eles.

Contra o que protestam? Contra terem que dividir os rumos da nação com portadores de outros projetos sociais que não os deles. Isto me lembra muito as brincadeiras infantis. Enquanto a criança está ganhando está tudo bem. Basta ela começar a perder que ela “se cansa do jogo”, acha defeito em tudo e quer encerrar a brincadeira.

Se você, assim como eu, teve o “privilégio” de receber a mensagem a que estou me referindo ou mesmo outra semelhante a esta, cuja autoria está vinculada a pessoas influentes na mídia (escritor(a) de tantos livros, colunista de tal jornal etc.) reflita bem sobre o seu conteúdo e faça um exame de consciência. Será que realmente ela se sustenta? Cuidado! Papel, internet, certos canais de TV e certos jornais aceitam tudo. Nós porém, não somos obrigados a aceitar certos raciocínios tendenciosos. Se tiver dúvida quanto ao conteúdo das mensagens que recebe, proponho um exercício: procure identificar qual é o projeto de Brasil ao qual a mensagem se vincula.

Como já disse anteriormente, o momento que vivemos, de eleições presidenciais, é bastante propício à discussão do Brasil que podemos e precisamos construir. Porém, para uma das partes em disputa não há o que discutir. Como bem pontuou a análise da filósofa e professora Marilena Chauí, o candidato José Serra não quer discutir propostas. E neste sentido as mídias, sobretudo, a internet tem procurado explorar a desinformação como arma ideológica na disputa eleitoral.

No momento há duas opções para o Brasil, que o PSDB não quer dar a conhecer, e faz de tudo para tentar ocultar:

A primeira opção é dar continuidade a um projeto que o presidente Lula já demonstrou ser possível, o de promover o crescimento econômico, o fortalecimento das empresas públicas, a geração de empregos, a distribuição de renda, o combater à fome. Isto, vale lembrar, sem trazer qualquer risco às instituições democráticas.

A segunda opção é retomar o projeto neoliberal de desmonte do Estado, de espoliação do patrimônio público, da flexibilização dos direitos trabalhistas, das negociatas com grupos de interesses contrários aos interesses da nação.

Infelizmente o projeto de José Serra é velado. Ele nunca vem à tona. As discussões ficam naqueles lemas vazios e hipócritas tais como: “Vamos fazer uma administração” “acima dos partidos”, “Harmonia”, … “coração leve”... “Serra é o candidato do bem”. Mas, por que ele não expõe seu projeto?

Porque em um país, cuja maioria da população reconhece e aprova, o governo de um presidente que ousou olhar para a classe trabalhadora e governar além dos interesses de uma elite econômica, a pauta neoliberal do PSDB não teria a menor chance de ser vitoriosa nas eleições. Então, o que se pode fazer?

Ora, restou o “vale-tudo” este que temos presenciado, e que além das velhas práticas de manipulação ideológica, (mentiras, calúnias, difamação), tão comuns nas últimas eleições presidenciais, também agregou táticas nefastas nesta eleição. Ele chegou ao cúmulo de tentar utilizar temas do universo moral e religioso para obter vantagens eleitorais. Isto é muito sério! É neste contexto que devemos analisar criticamente as “mensagens” que estão sendo veiculadas por aqueles que tentam se colocar como os “donos do saber”.

Prof. Marcelo Cernev

domingo, 17 de outubro de 2010

EXTRA! Certamente você não verá estas notícias na Globo e em outros meios de comunicação que fazem parte do PIG:


Reproduzimos, abaixo, algumas matérias sobre o que está acontecendo neste final de semana: os eleitores precisam saber
Portal Terra 16/10/2010:

SP: um milhão de panfletos anti-Dilma são encontrados  em gráfica



VAGNER MAGALHÃES


Direto de São Paulo
Membros do PT paulista encontraram, na tarde deste sábado (16), em uma gráfica do bairro do Cambuci, região central de São Paulo, cerca de 1 milhão de folhetos impressos contra o PT, creditados à Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A carta, intitulada "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", pede que nas próximas eleições os eleitores deem seus votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto. A carta lembra que o PT manifestou apoio incondicional ao terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. Esse material seria distribuído neste domingo em igrejas dos bairros do Paraíso e da Barra Funda, em São Paulo, e na cidade de Guarulhos.
O pai do dono da gráfica, Paulo Ogawa, que estava no local, afirmou que os panfletos foram solicitados pela Mitra Diocesana de Guarulhos.
Os mesmos panfletos já haviam circulado entre fiéis no primeiro turno das eleições. No feriado do último dia 12, eles ainda foram distribuídos em Aparecida (SP) e Contagem (MG).
Portal Terra 17/10/2010:
Polícia Federal apreende panfletos anti-Dilma em gráfica de SP 




A apreensão, que contou com dois caminhões, foi realizada de portas fechadas
Foto: Vagner Magalhães/Terra
VAGNER MAGALHÃES


Direto de São Paulo
A Polícia Federal iniciou, na manhã deste domingo (17), a apreensão dos panfletos anti-Dilma encontrados ontem em uma gráfica no bairro de Cambuci, região central de São Paulo. Os folhetos atacam o PT e estão creditados à Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dois caminhões chegaram até o local para apreender o material. A polícia não permitiu, no entanto, que fossem feitas imagens dos veículos sendo carregados. Foi preciso que cada caminhão entrasse na gráfica de uma vez, já que a garagem era estreita e a apreensão foi realizada de portas fechadas, sob guarda de três viaturas da Polícia Militar.
O advogado da campanha de Dilma Rousseff (PT), Pierpaolo Bottini, argumentou, no pedido de liminar, encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral, que os panfletos são propaganda irregular e solicitou uma apuração criminal por difamação, além de uma investigação da origem do recurso financeiro para impressão dos folhetos.
A liminar foi concedida ontem à noite, no entanto, como não é permitida a apreensão durante a madrugada, a PF só pôde dar início à tarefa às 6h de hoje. Cerca de 30 militantes do partido fizeram uma campana e passaram a noite em frente a gráfica, para garantir que os panfletos não fossem retirados de lá pelos donos do estabelecimento.
Paulo Ogawa, dono da gráfica, afirmou que lá dentro havia cerca de 1 milhão de panfletos. Ele revelou que o pedido foi de 2 milhões e 100 mil, sendo que 1 milhão foram distribuídos no primeiro turno das eleições.
Entenda o caso
A carta, intitulada "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", pede que nas próximas eleições os eleitores deem seus votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto. A carta lembra que o PT manifestou apoio incondicional ao terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. Esse material seria distribuído neste domingo em igrejas dos bairros do Paraíso e da Barra Funda, em São Paulo, e na cidade de Guarulhos.

O pai do dono da gráfica, Paulo Ogawa, afirmou que os folhetos foram solicitados pela Mitra Diocesana de Guarulhos.
Os mesmos panfletos já haviam circulado entre fiéis no primeiro turno das eleições. No feriado do último dia 12, eles ainda foram distribuídos em Aparecida (SP) e Contagem (MG).

Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4739292-EI15315,00-Policia+Federal+apreende+panfletos+antiDilma+em+grafica+de+SP.html

Veja abaixo a carta aberta à CNBB transcrita do blog do Azenha (Vi o mundo):

Carta Aberta à CNBB.
São Paulo 17 de outubro de 2010.
Como membro da CJP-SP fui chamado pelo Deputado Estadual Adriano Diogo a registrar o flagrante de crime eleitoral na Editora Gráfica Pana LTDA, que foi contratada pelo Bispo Diocesano de Guarulhos para reproduzir 2,1 milhões de panfletos falsos da CNBB e estava para distribuir, ontem, pelo país 1,1 milhão de cópias do material e fiz estes registros, por ter ciência da orientação de nossa Comissão Brasileira de Justiça e Paz a partir do documento que li, recebido dias atrás sobre a falsificação de panfleto em nome da CNBB.
A encomenda foi realizada a pedido Mitra Diocesana de Guarulhos conforme imagens abaixo, a saber: email de encomenda, cópia do boleto bancário e carta de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini ao Pe. Jean Rogers Rodrigo de Souza, solicitando distribuição, que encaminho também anexo para divulgação, uma vez que constituem a documentação probatória da encomenda e do crime eleitoral praticado.
A gráfica iria entregar 2,1 milhões de panfletos, cuja informação fornecida pelo gerente da empresa pego em flagrante, pode variar em sua tiragem de 20 a 50 milhões. Foram apreendidos somente 1 milhão dos panfletos falsos, cuja liminar de apreensão já foi expedida pelo juiz responsável. Isso significa que muitos panfletos podem ter sido feitos em outras gráficas e continuarão a ser distribuído pelo país, caso não haja uma ação efetiva da CNBB.
Penso que nossos Bispos devam considerar, dada a gravidade dos fatos, encaminhar a Nota de Esclarecimento elabora no encontro de Itaici, para ser lida em todas as paróquias, em todas as missas do próximo domingo, sua publicação no Jornal O São Paulo e demais revistas e jornais católicos, bem como a leitura nas Tvs e rádios da igreja, buscando por fim ao assunto.
Recomendo esta atitude para nossos pastores reunidos em Itaici, entendendo ser este um gesto que favorecerá a distensão dos mal-entendidos provocados, visando o amplo esclarecimento dos fiéis que receberam tal documento apócrifo e criminoso, sobre a real posição de nossos bispos do Regional 1 e da CNBB, contribuindo desta forma para serenarmos os conflitos gerados entre os católicos, reafirmando a integridade da CNBB e reforçando a cidadania, a democracia e a livre escolha de todos os brasileiros, tão atingidas com esta manifestação difamatória, que desvirtua o foco do debate que interessa à nação e o sentido das eleições de 2010.
A cizânia que a calúnia, as ofensas e as mentiras imputadas geram entre aos cristãos, por ações como está promovida pelo Bispo Diocesano de Guarulhos, estão explicitadas de forma dramática nos fatos que ocorreram hoje em Canindé, no Ceará, onde a missa acabou em TUMULTO, uma vez que o padre corretamente,  informou aos presentes que o documento que estava sendo distribuído na missa era falso e acabou sendo atacado por um político, durante a celebração. Pergunto aos nossos Bispos da CNBB; quando na igreja uma missa tão tradicional como a de Canindé, acabou desta maneira?  Os fatos demonstram a gravidade do momento e a tentativa de aparelhamento do sentimento religioso em nosso país, conforme nota publicada pla CNBB.
Faz-nos refletir a justeza das palavras da candidata Dilma Rousseff, divulgadas na imprensa recentemente, sobre a campanha de ódio que estas ações subterrâneas estão gerando nos corações e mentes dos brasileiros por todo nosso país. Isso pode ficar mais grave ainda, se não for feita uma ampla campanha de esclarecimento junto aos fiéis. A CNBB e o país tem muito a perder com isso. É preciso por um basta a esta campanha baseada na mentira, na calúnia, na difamação!
Só a Verdade nos libertará.
Atenciosamente:
Marcelo Zelic
Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
Coordenador do Projeto Armazém Memória

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Chega de mentiras, preconceito e ódio!

As eleições do 2o Turno estão chegando.
Estamos diante de dois projetos distintos para o Brasil.

Queremos e precisamos discutir propostas.
Ao invés disto os meios de comunicação estão se ocupando com a desinformação.




Veja a análise de Marilena Chauí abaixo:
Precisamos protestar!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão”, dizem católicos e evangélicos"

Transcrevo abaixo, do site http://www.sejaditaverdade.net/ o "Manifesto dos cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em Abundância"

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Feliz do Araguaia-MT
Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da  Cáritas nacional
Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC
Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão
Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Vina- Maranhão
Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Feliz do Araguaia /MT
Jether Ramalho, Rio de Janeiro
Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo
Professor Candido Mendes, cientista político e reitor
Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor
Zé Vicente, cantador popular, Ceará
Chico César, Cantador popular, Paraíba/São Paulo
Revdo Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo
Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ
Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia
Maria Victoria Benevides, professora, da USP
Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo
Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre
Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.
Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação
Frei Betto, escritor, dominicano
Luiza E. Tomita – Sec. Executiva  EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)
Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional
Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP
Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz
Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins
Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos
Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó/SC
Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC
Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho
Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora
Pe. John Caruana,  Rondônia
Pe. Julio Gotardo, São Paulo
Toninho Kalunga, São Paulo
Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)
Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia
Silvania Costa
Mercedez Lopes,
André Marmilicz
Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social
Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS
Darciolei Volpato,  RS
Frei Ildo Perondi – Londrina PR
Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.
Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC
Pe. Luis Sartorel,
Itacir Gasparin
Célio Piovesan, Canoas.RS
Toninho Evangelista – Hortolândia/SP
Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília
Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE
Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina
Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó
Odja Barros Santos – Pastora batista
Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário
Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife
Rosa Maria Gomes
Roberto Cartaxo Machado Rios
Rute Maria Monteiro Machado Rios
Antonio Souto, Caucaia, CE
Olidio Mangolim – PR
Joselita Alves Sampaio – PR
Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS
Terezinha Albuquerque
PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO
Padre Ferraro, Campinas.
Ir, Carmem Vedovatto
Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus
Padre Manoel, PR
Magali Nascimento Cunha, metodista
Stela Maris da Silva
Ir. Neusa Luiz, abelardo luz- SC
Lucia Ribeiro, socióloga
Marcelo Timotheo da Costa, historiador
Maria Helena Silva Timotheo da Costa
Ianete Sampaio
Ney Paiva Chavez,  professora educação visual, Rio de janeiro
Antonio Carlos Fester
Ana Lucia Alves, Brasília
Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS
Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista.  Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro
Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro
Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia
Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife
Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG
Fernanda Seibel, Caxias do Sul.
Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza
Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE
Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN
Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC
Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN
Elida Araújo
Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN
Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora
Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos  Recife
Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE
Débora Costa-Maciel, Profª. UPE
Maria Theresia Seewer
Ida Vicenzia Dias Maciel
Marcelo Tibaes
Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás
Claudio de Oliveira Ribeiro. Sou pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP
Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES
Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ - Secretario do CEBI RJ
Sílvia Pompéia.
Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE
Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul
Mosara Barbosa de Melo
Maria de Fátima Pimentel Lins
Prof. Renato Thiel, UCB-DF
Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)
Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)
Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora
Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil
Irene Maria G.F. da Silva Telles
Manfredo Araújo de Oliveira
Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro
Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP
Adriano Carvalho.
Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR
Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano
Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS
Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia
M. Candida R. Diaz Bordenave
Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife
Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP
Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife
Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS
Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito
Targelia de Souza Albuquerque
Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)
Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo
Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro
Adjair Alves (Professor – UPE)
Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL
Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP
Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA
Carlos Caroso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etrnologia da UFBA
Isabel Tooda
Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio
Aristóteles Rodrigues - Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião
Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora
Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE
Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB
Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza
Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico
Nercina Gonçalves
Hélio Rios, pastor presbiteriano
João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ
Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.
Maria tereza Sartorio, educadora, ES
Maria José Sartorio, saúde, ES
Nilda Lucia sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo
Ângela Maria Fernandes – Curitiba, Paraná
Lúcia Adélia Fernandes
Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP
Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP
Ruth Alexandre de Paulo Mantoan
José Luiz de Lima
Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador, São Paulo